A gestão do HRTN, referência para a Região Norte de Belo Horizonte, acontece por meio de um convênio tripartite entre UFMG, Fundep e Governo do Estado.

“Na época, a gestão do Hospital representou um passo fundamental na formação de nossos alunos de graduação em todas as áreas da saúde, além da residência médica”, relata o professor, afirma o professor Ronaldo Tadêu Pena, reitor da Universidade na época (2006 - 2010), sobre o convênio firmado em 2006.

O HRTN é 100% SUS, filantrópico, porta aberta (expressão utilizada para designar o tipo de atendimento que dispensa o encaminhamento de outra unidade de saúde) e 24 horas/ dia. A instituição proporciona o acolhimento a mais de 1,5 milhão de pessoas.

Além das contribuições para o ensino, pesquisa e extensão na área de saúde, Ronaldo Pena reforça o impacto social da gestão universitária do Risoleta: “a Região Norte da cidade e o vetor norte de modo geral ganharam um hospital, com Pronto Socorro, de excelente qualidade, com a marca da UFMG. Em pouco tempo de funcionamento já havia o consenso dos gestores de saúde de que o HRTN tornara-se essencial à cidade de Belo Horizonte”.

Segundo a diretora-geral do HRTN, Alzira de Oliveira Jorge, há 16 anos a Fundep funciona como um braço operacional do hospital, aliviando o dia a dia de parte da burocracia. Em 2021, foram 133 mil atendimentos, 79,2 mil atendimentos de urgência; 2,4 funcionários; 2 mil estudantes (da graduação à residência); e um orçamento de cerca de R$18 milhões por mês.

“Como um hospital de grande porte, temos características e necessidades muito específicas. Então, tenho equipes internas que cuidam das especificações e fazem o controle cotidiano dos insumos e processos. As nossas demandas vão prontas para a Fundep que dá o encaminhamento burocrático devido. Todo o processo financeiro passa pela Fundação. Temos uma parceria baseada no diálogo, que é necessário para que as nuances de cada lado sejam compreendidas. É uma parceria exitosa!”, afirma Alzira Jorge.

De acordo com a coordenadora da equipe de Projetos Especiais da Fundep, Ágatha Dornellas, a imprevisibilidade da dinâmica de uma unidade de saúde pública é o principal desafio da gestão dessas estruturas. “Em um projeto de pesquisa, é possível construir um planejamento de longo prazo e fazer raros ajustes, muito pontuais. Em uma unidade de saúde pública e de porta aberta, os imprevistos são muitos. Trabalhamos com um orçamento anual e temos que ter flexibilidade para adaptá-lo. Nosso papel é tirar um pouco do peso da gestão administrativa. Assim, os gestores locais podem fazer o gerenciamento da assistência com um pouco mais de tranquilidade”, explica Ágatha Dornellas.

O planejamento feito no fim de 2019 foi subvertido a partir de março de 2020. Recursos e pessoas tiveram que ser realocadas para atender uma demanda desconhecida e que se mostrava avassaladora desde o início. Insumos diferentes passaram a ser adquiridos para o combate à covid-19 e medicamentos e outros materiais tiveram os preços triplicados de um mês para o outro.

A analista que acompanha as atividades do HRTN, Flávia Valesca, compartilha também que o volume orçamentário do Hospital requer uma operação exclusiva. “Temos um departamento de pessoal, assessoria jurídica, setor de compras e outros, dentro do Hospital para atender as especificidades das demandas. A gestão administrativa e financeira de unidades de saúde é muito diferente da gestão centralizada que ocorre em projetos de outras naturezas. Essa ‘mini Fundep’ instalada no Hospital tem um acompanhamento de perto para garantir a excelência do nosso apoio”.

Confira o portal do HRTN.

Descrição: Gestão administrativa e financeira do HRTN para assistência à população

Coordenação: Alzira de Oliveira Jorge

Execução: Reitoria da UFMG

Financiadora: Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e recursos complementares, como emendas parlamentares, resoluções próprias dos órgãos de saúde

Data de início: 31/05/2006

Término previsto: 29/11/2023