Mulheres na Ciência completa dez edições e propõe discussão sobre a busca do autoconhecimento

Participantes da roda de conversa compartilham os caminhos internos para a descoberta feminina em diferentes perspectivas. Evento será realizado on-line, em 10/2, com inscrições gratuitas

No dia 10 de fevereiro, às 15h, a série de encontros Mulheres na Ciência - iniciativa coordenada pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) em parceria com o STATE Innovation Center - completa dez edições de encontros temáticos com uma roda de conversa que vai discutir o autoconhecimento como instrumento para o desenvolvimento profissional e pessoal da mulher, a partir das experiências das participantes.

As convidadas do evento compartilham experiências de descobertas em diferentes perspectivas, desde a compreensão da influência do ciclo menstrual, passando pela relação com a religiosidade, até a consolidação da carreira acadêmica.

O evento também celebra o Dia Internacional das Meninas e das Mulheres na Ciência, data instituída em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar a educação de base e o trabalho das mulheres cientistas. “Herdei o meu nome de uma avó poeta que publicou um único livro, em outro tempo, muito mais difícil para as mulheres. Atualmente vivemos uma época melhor, me considero realizada no domínio da literatura”, reflete a professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Guiomar de Grammont, uma das participantes do encontro.

Também estarão presentes na 10ª edição do Mulheres na Ciência Juliana Prado, especialista em ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) e buscadora do autoconhecimento; Juliana Crepalde, doutora em Inovação Tecnológica, mestre em Direito Internacional Público e coordenadora executiva da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG (CTIT-UFMG); Mãe Carmen de Oxum, líder do terreiro Ilê Olá Omí Asé Opô Araká e representante das religiões de matriz africana no comitê gestor da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo.

A mediação será realizada por Taciana Fortunati, diretora audiovisual e terapeuta menstrual. “Desenvolver a auto percepção a partir do meu ciclo menstrual foi transformador. Comecei a olhar para mim, minha rotina, alimentação, comportamento, sensualidade e até a forma como visto e meus interesses como um ciclo", diz Fortunati.

Os encontros Mulheres na Ciência têm o apoio institucional do Biotechtown, hub de inovação voltado para o desenvolvimento de empresas, produtos e negócios nas áreas de biotecnologia e ciências da vida. As inscrições para participar do evento são gratuitas e podem ser realizadas na plataforma Sympla. Haverá certificado de participação para quem fizer o cadastro no link.

Sobre o evento:

Mulheres na Ciência #10 - Buscadoras do Autoconhecimento

10/2 - 15h às 16h30

Inscrições pelo Sympla.

Clique aqui.

Conheça as participantes:

Guiomar de Grammont | Professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Escritora, dramaturga, professora da Universidade Federal de Ouro Preto e curadora de eventos e exposições literárias. Foi editora executiva da Record (2012 e 2013) e curadora da homenagem ao Brasil no Salão do Livro de Paris (2015), da Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra de São Paulo (FLINKSAMPA) e da exposição “La maison de Clarice”, sobre a escritora Clarice Lispector. Entre as suas obras literárias estão o memorial "Os livros na minha vida" (2020), a pesquisa histórica “Aleijadinho e o Aeroplano” (2008), os volumes de contos "Sudário" (2006), “O fruto do vosso ventre” (1994) - que recebeu o Prêmio Casa de Las Américas e o romance "Palavras Cruzadas" (2015), vencedor do Prêmio Nacional de Narrativa do Pen-Clube em 2017, publicado em espanhol, francês e alemão.

Juliana Prado | Especialista em ESG e buscadora do autoconhecimento

Graduada em Direito pela Universidade Mackenzie e mestre em Gestão para Competitividade e Sustentabilidade pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV), é especialista em ESG e atua como consultora autônoma e freelancer para grandes consultorias em projetos de diagnóstico ESG, estudos de materialidade, estratégias em Sustentabilidade e engajamento de stakeholders. Tem paixão por combinar diferentes tipos de conhecimento para ajudar pessoas e organizações a criarem mudanças de dentro para fora e engajar as pessoas em trabalhos que importam.

Juliana Crepalde | Coordenadora Executiva da CTIT-UFMG

Doutora em Inovação Tecnológica e mestre em Direito Internacional Público, ambos pela UFMG. Coordenadora Executiva da CTIT-UFMG. É docente colaboradora do Programa de Pós Graduação em Inovação Tecnológica da UFMG e Diretora Técnica do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC), gestão 2021-2022 e 2022-2024). .

Mãe Carmen de Oxum | Líder do terreiro Ilê Olá Omí Asé Opô Araká

Responsável pela coordenação e liderança do terreiro Ilê Olá Omí Asé Opô Araká, em São Bernardo do Campo (SP), com mais de 600 iniciados dentro e fora do Brasil. A ialorixá é a representante das religiões de matriz africana no comitê gestor da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo. Mãe Carmen tem uma trajetória de conquistas e aprendizados pessoais e profissionais que a levaram a busca espiritual e a formação em liderança religiosa.

Taciana Fortunati | Diretora audiovisual e terapeuta menstrual É educadora, terapeuta, ativista menstrual e diretora audiovisual. Sua proposta é desmistificar o ciclo menstrual por meio de jornadas de aprendizagem que dialogam com a ciência, ancestralidade e encantamento para expandir o autoconhecimento e a qualidade de vida a partir do conhecimento da ciclicidade.

Graduada em Comunicação Social, Taciana atua há mais de 20 anos no mercado audiovisual. É fundadora do Cicla.Me, hub de estudos e terapias cíclicas, criadora do podcast “Eu menstruo” e diretora do documentário “Quando descobri que sou cíclica” (2023) e de cenas do filme “A jornada da heroína” (2022).

Texto: Maria Carolina Martins Edição: Tacyana Arce Foto: freepik